Editorial
Résumé
A Revista Hospitalidade, neste primeiro volume do ano de 2012, procura refletir sobre questões da hospitalidade e sua associação com aspectos do turismo, do lazer, do patrimônio e da sustentabilidade. O artigo de Chris Rojek, por exemplo, How corporations sell leisure commodities that are bad for you, analisa como os produtos de lazer são reposicionados globalmente em um contexto em que o conhecimento médico e atividades de grupo de pressão identificam formas específicas de lazer como prejudicial à vida em comunidade. Trata-se de um posicionamento interessante do autor ao analisar, de forma crítica e lúcida, situações cotidianas consideradas como verdades absolutas.
No artigo de Eduardo Yázigi, O patrimônio ambiental urbano: uma conceituação ampliada e aperfeiçoada, observa-se a discussão histórica e formativa da noção de patrimônio ambiental urbano e de como este se torna o sustentáculo da identidade dos grupos humanos envolvidos em sua percepção e gestão. Yázigi, não só recupera antigas discussões relacionadas à questão da preservação do patrimônio, como identifica novas, ao resgatar, por exemplo, o sentido de pertencimento. O patrimônio é parte da memória coletiva de um povo e esta mesma comunidade deve reconhecê-lo como peça fundamental na formação de sua identidade.
Para Maximiliano E. Korstanje e Anthony Clayton, no artigo Turismo: El terrorismo por otros medios, o fenômeno turístico é visto por uma ótica diferenciada das suas atuais análises teóricas. Os autores analisam o turismo e o terrorismo como fenômenos próximos e inseridos no mesmo contexto sociocultural.
William Ladeia de Carvalho e Mirian Rejowski, com a pesquisa apresentada em seu texto Tecnologia em eventos da Faculdade Hotec, São Paulo: proposta de formação versus atuação profissional de egressos, procuram demonstrar por meio de uma “pesquisa exploratório-descritiva [...] a relação entre a proposta de formação e seus reflexos no mercado de trabalho”. Trata-se dos resultados de pesquisa desenvolvida no Mestrado em Hospitalidade da UAM-SP.
Valéria de Meira Albach, José Manoel Gonçalves Gândara, Eduardo Hack Neto e Vinicius Bonelli Vieira em seu artigo, O pensamento de Lefèvre e os usos e consumos dos espaços turísticos, analisam as questões teóricas desenvolvidas por Henri Lefebvre sobre o espaço urbano na ótica da geografia. Nesta análise os autores abrem uma discussão para o contexto do “turismo e a geografia em suas bases epistemológicas”.
No artigo de Maria Angela de Abreu Cabianca, Pensando a sustentabilidade turística em municípios: técnica e teoria em uma abordagem socioambiental e cultural do conceito, são discutidas as “[...] contribuições teóricas, bibliográficas e tecnológicas relacionadas ao desenvolvimento turístico sustentável em municípios brasileiros.” A autora demonstra como a atual realidade turística não deve privilegiar realidades simplificadas de gestão, e sim perceber questões socioculturais nas quais a hospitalidade e a sustentabilidade podem se tornar modelos assertivos de percepção do modelo turístico municipal.
Rúbia Gisele Tramontin Mascarenhas e José Manoel Gonçalves Gândara, no artigo, Comida de festa: o potencial de atratividade turística da gastronomia nas colônias de imigrantes em Castro/PR, discutem como a “tipicidade gastronômica regional”, pode auxiliar a manutenção ou mesmo a criação de um fluxo turístico. O processo de conhecimento dos costumes gastronômicos locais produz uma identidade histórica que auxilia na percepção das necessidades culturais dos grupos sociais envolvidos em sua manutenção e perpetuação.
Na resenha de livros deste semestre, Mário Fernandes da Silva analisa a obra de CUNHA, Newton. Cultura e ação cultural – uma contribuição à sua história e conceitos, principalmente pela compreensão do conceito de cultura buscando demonstrar, nesta analise, questões ligadas ao conceito de ação cultural.
Boa leitura para todos.
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