Fome de Quê? Comer bem e preferências alimentares sob a ótica de estudantes de graduação
DOI:
https://doi.org/10.29147/revhosp.v21.1203Palavras-chave:
alimentação, universitários, segurança alimentar, preferências alimentaresResumo
O objetivo geral deste estudo foi investigar a percepção de estudantes de graduação sobre a alimentação. Especificamente centrou-se em duas questões: o entendimento quanto ao significado de comer bem e a rejeição a alimentos e suas razões. Compreender as escolhas alimentares dos estudantes pode ser útil para o alinhamento da oferta do restaurante universitário com sua demanda, bem como para propositura de projetos de extensão e outras ações. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário online semiestruturado para o qual obteve-se 2091 respostas. Os dados qualitativos foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo, com o auxílio do software Iramuteq. Os resultados indicaram que, a percepção do que é "comer bem" depende do contexto socioeconômico e situação de segurança alimentar do sujeito e interfere nas suas decisões alimentares. À medida que aumenta o grau de insegurança alimentar cresce também a preocupação com a essencialidade da alimentação. Em outras palavras, conforme a insegurança alimentar se agrava, a necessidade de garantir uma alimentação adequada e suficiente torna-se mais urgente. Concluiu-se que, para os universitários, “comer bem” envolve tanto a satisfação de suas preferências alimentares quanto a garantia de uma alimentação que forneça nutrição e energia para o bem-estar, alinhando-se ao conceito de SAN, que abrange disponibilidade, acesso, utilização e estabilidade dos alimentos. Mesmo quando há disponibilidade há vários alimentos que não são consumidos pelos universitários por razões que incluem sabor, textura, alergias, restrições religiosas, entre outros fatores.
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